História

O Bosque dos Italianos ou Praça Samuel Wainer, surgiu nos planos do município em 1927, na proposta de loteamento do Jardim Chapadão, uma área que fazia parte da antiga fazenda Chapadão de propriedade do Sr. Otaviano Alves de Lima. A doação deste terreno à municipalidade, no entanto, só ocorreu em 1960, denominando-se na ocasião de “Parque 1” do loteamento Jardim Chapadão. Em dezembro do mesmo ano, o Bosque foi denominado Praça Samuel Wainer.

Por muitos anos, esta área coberta de densa vegetação arbórea, arbustiva e forrageira abrigou o “Recanto Infantil n.1” que, por dificuldades diversas, foi fechado para reformas em 1972 e extinto em 1977. A partir daí, com a proposta de criação de um novo espaço de lazer com a preservação e manutenção integral da mata nativa, o Departamento de Parques e Jardins propor um projeto de reurbanização da área, à semelhança do Bosque dos Alemães.

Ainda no final da década de 1970, o Bosque dos Italianos recebeu equipamentos de recreação e um conjunto de ações destinadas à preservação e manutenção da mata, entre eles a construção de novo sistema de drenagem. Em 1985, também foi inaugurada a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. A Biblioteca sempre bastante freqüentada por crianças, estudantes de ensino médio, chegaram a 11.000 por ano, de acordo com informações da administradora da Biblioteca.

O Bosque dos Italianos situa-se na região centro-leste da cidade, na divisa dos Bairros Guanabara e Chapadão, entre as ruas Tenente Haroldo Egidio de Souza Santos, Paulo Justi, Miguel Penteado e Albano de Almeida Lima. Com um terreno de 14.411 m², a atual Praça Samuel Wainer constitui-se em uma importante área de conservação de mata nativa no coração da cidade de Campinas.

Histórico da Associação

A Associação dos Amigos do Bosque dos Italianos foi criada formalmente em onze de fevereiro de 2001, mas sua formação vem de, pelo menos, um ano antes.

Foi lá pelo início do ano 2000 que a D. Áurea, moradora da Rua Paulo Justi, bem em frente a um dos portões do Bosque, começou a conversar com os vizinhos, para tentarem melhorar a iluminação na entrada do Bosque, pois como os portões eram recuados, ficava uma zona escura que trazia bastante insegurança.

Os vizinhos se mobilizaram e após tratativas com o sr. Manuel, funcionário do Departamento de Parques e Jardins e coordenador do Bosque, arrecadaram recursos entre si, adquiriram os materiais necessários e refizeram o sistema de iluminação do Bosque no setor em frente à ruas Paulo Justi e Miguel Penteado. O Ananias, também morador da R. Paulo Justi, foi quem esteve à frente dessa operação e pôs a “mão na massa”, ou melhor, nos fios.

A partir dessa iniciativa, o Seihati, marido de D. Áurea, procurou o cartório e buscou reunir informações sobre os procedimentos para se criar uma representação formalmente organizada, que pudesse atuar no cuidado com o Bosque.

Outro vizinho, o Waldir, com as informações e modelos em mão, estudou e preparou uma minuta de Estatuto Social.

Então, no boca a boca, a notícia foi se espalhando, um vizinho chamou o outro e aconteceram duas reuniões, com pouco mais de 20 pessoas, no próprio galpão do Bosque, em que foi lida e discutida (por vezes, acaloradamente), a minuta do Estatuto, até que ficou na forma que representava o entendimento de todos.

Daí foi marcada a Assembléia para, formalmente, aprovar o Estatuto e criar a Associação dos Amigos do Bosque dos Italianos.

Foi na manhã do sábado, dia 11 de fevereiro que criamos oficialmente a Associação, com a finalidade de “Promover a defesa da conservação, melhoria e manutenção ambiental, social e cultural do BOSQUE DOS ITALIANOS (Praça Samuel Wainer), situado entre as Ruas Miguel Penteado, Albano de Almeida Lima, Tenente Haraldo Egidio de Souza Santos e Paulo Justi, no Jardim Chapadão, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo” (Estatutos sociais, 11/2/2001).

Compareceram à Assembléia sendo, portanto, os fundadores da Associação, 32 pessoas, a maioria moradores do entorno do Bosque. Outras pessoas, até residentes em outros bairros, foram se juntando à Associação, no decorrer do tempo, enquanto alguns (poucos) pioneiros se desligaram, ou não estão mais entre nós.

A ata da Assembléia de fundação, bem como a lista de presença, podem ser vistas aqui. O Estatuto foi modificado em 2003, para atender as determinações do novo código civil brasileiro e pode ser acessado a partir daqui.

Nesses vários anos de Associação, muitas estórias se passaram e muita coisa foi feita e outros sonhos ainda não foram tornados realidade, mas não estão esquecidos – como, por exemplo, dotar o Bosque de um programa de manejo contínuo e integral, desenvolver um projeto de Educação Ambiental e ter a Biblioteca Monteiro Lobato funcionando, recebendo crianças de toda a cidade!

Vamos destacar algumas realizações, lembrando que foram conduzidas buscando sempre a participação da comunidade do entorno e a parceria e anuência dos órgãos municipais responsáveis pelo Bosque (às vezes após insistentes solicitações):

• Os “mutirões de cuidados”, realizados regularmente a partir de 2004, em que os associados recolhem resíduos e fazem extração de espécies exóticas, que prejudicam a reprodução das árvores nativas, finalizando o encontro com um lanche de confraternização;
• O plantio de mudas de espécies nativas próprias do Bosque;
• A construção dos sanitários para o público e do conjunto de dependências de serviço e dos funcionários;
• Reforma e ampliação do sistema de iluminação interna do Bosque;
• Reforma do alambrado de proteção do Bosque;
• Reforma do sistema de água e esgoto;
• Recuperação de calçamento externo e interno;
• Recuperação dos brinquedos do playground;
• Colaboração na elaboração de normas para agendamento e uso do galpão em festas e eventos;
• Colaboração constante na gestão do Bosque e na manutenção dos equipamentos e infraestrutura;
• Mobilização e representação da comunidade dos bairros vizinhos ao Bosque, em questões relativas a urbanismo e meio ambiente, junto aos órgãos públicos;
• Providencias, encaminhamentos, consultas, proposições, articulações, reivindicações, desde 2005, com o objetivo de se efetivar a Reforma e Ampliação da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, instalada no interior do Bosque, compreendendo desde a etapa de elaboração do projeto, a aprovação pelo Condepacc- Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas, até a dotação de recursos e a implementação da obra.

Após a reinauguração da Biblioteca, em 2012, a associação continuou desenvolvendo atividades de preservação e manutenção do Bosque e conseguiu viabilizar, via emenda parlamentar, uma reforma para criação de mini anfiteatro na área externa da Biblioteca, possibilitando o incremento de outras atividades culturais no Bosque. O espaço também recebeu os equipamento da Academia para a Terceira Idade (ATI), beneficiando os frequentadores.

Seguimos com projetos para garantir a manutenção dos equipamentos e brinquedos, para proteger a mata e assim como, manter o bom funcionamento da Biblioteca e do teatro.

Bem, este é um resumo da nossa história.

Falta dizer que você também pode fazer parte dela. Junte-se a nós e torne-se um Amigo do Bosque!